sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

ORAÇÃO AOS ORIXÁS

Que a irreverência e o desprendimento de Exú nos animem a não encarar as coisas de forma como elas parecem à primeira vista e sim que nós aprendamos que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado bom e proveitoso! LAROYÊ EXU!!
Que a tenacidade de Ogum nos inspire a viver com determinação,sem que nos intimide com pedras,espinhos e trevas.Sua espada e sua lança,desobstruam nosso caminho e seu escudo nos defenda! OGUM YÊ, meu Pai!
Que ao labor de Oxossi nos estimule a conquistar sucesso e fartura à custa de nosso próprio esforço.Que suas flechas caiam a nossa frente, às nossas costas, a nossa direita e a nossa esquerda, cercando-nos para que nenhum mal nos atinja. OKÊ ARÔ ODE!!
Que as folhas de Ossanhe forneçam o bálsamo revitalizante que restaure nossas energias, mantendo nossa mente sã e corpo são. EWE OSSANHE!
Que Oxum nos dê a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada.Tal como suas águas doces - que seguem desbravadoras no curso de um rio, entercortando pedras e se precipitando numa cachoeira sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar - assim seja que nós possamos lutar por um objetivo sem arrependimentos. ORA YEYÊO OXUM!!!
Que o arco-íris de Oxumaré tranporte para o infinito nossas orações,sonhos e anseios, e que nos traga as respostas divinas, de acordo com nossos merecimentos. ARROBOBO OXUMARÉ!!
Que os raios de Iansã iluminem nosso caminho e o turbilhão de seus ventos leve para longe de nós aqueles que se aproximam com o intuito de se aproveitarem de nossas fraquezas. EPARREI OYÁ!
Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da lei divina em nosso coração. Seu machado pese sobre nossas cabeças agindo na consciência e sua balança nos incuta o bom senso e o equilíbrio. KAÔ CABELECILE!
Que as ondas de Iemanjá nos descarreguem, levando para as profundezas do mar sagrado as aflições do dia-a-dia, dando-nos a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que nos causa dor,e que seu seio materno nos acolha e nos console. ODOYÁ, IEMANJÁ!
Que as cabaças de Obaluaiê tragam não só a cura de nossas mazelas corporais, como também ajudem nosso espírito a se despojar das vicissitudes. ATOTÔ OBALUAIÊ!
Que a sabedoria de Nanã nos dê uma outra perspectiva de vida, mostrando que cada nova existência que temos, seja aqui na terra ou em outros mundos, gera a bagagem que nos dá meios para atingir a evolução, e não uma forma de punição sem fim como julgam os insensatos. SALUBA NANÃ!
Que a vitalidade dos Ibejis nos estimule a enfrentar os dissabores como aprendizado; que nós não percamos a pureza mesmo que, ao nosso redor, a tentação nos envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas sim, refinamento moral! ONI IBEJADA!!
Que a paz de Oxalá renove nossas esperanças de que, depois de erros e acertos, tristezas e alegrias, derrotas e vitórias, chegaremos ao nosso objetivo mais nobre,aos pés de Zambi Maior! EPA BABÁ Grande Pai Oxalá!
Que assim seja, porque assim o é, porque assim o será!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

CLDF promove discussão sobre artigo 26-A

Amanhã a SEPPIR, a SEEDF ( EAPE) promovem na Câmara Legislativa do DF (plenário), um Fórum sobre as políticas públicas de implementação do artigo 26-A (lei 10.639/2003) da LDB que aponta para a Educação das realções étnico-raciais para o próximo ano. Será das 08 ás 17.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Secretaria de Raça e Sexualidade do SINPRO - DF disponibiliza Projeto.

No site do SINPRO/DF, na página da Secretaria de Raça e Sexualidade, está o Projeto que realizei este ano (2011) na escola em que atuei. O material está na íntegra, inclusive com os planos de aula. O link é:

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Caso de racismo provoca polêmica

"Eu me senti envergonhado como cidadão brasileiro, como ser humano e também como educador por fazer parte da mesma sociedade de uma pessoa capaz de algo tão impressionante", diz o sociólogo Afonso Pola, ao ser questionado sobre o caso da aposentada Sandra Aparecida dos Santos, 58 anos, que alega ter sido vítima de injúria racial.

De acordo Sandra, que registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) no 1º Distrito Policial, a professora Iracema Cristina Nakano, de 53 anos, teria alegado que o carro da aposentada era seu e que havia sido furtado há quatro meses.

Apesar das negativas de Sandra, Iracema teria insistido que o carro era dela e dito que "preto para ter um carro assim, só se for roubado". A frase teria sido ouvida pelo marido da aposentada, um policial militar e por mais uma testemunha.

Hoje em dia, na sociedade, conforme explica Afonso, ninguém mais pode alegar qualquer tipo de ignorância em relação a essa questão de diversidade e sobre o respeito que devemos ter com aqueles que são diversos. "Qualquer ser humano que tem uma ação desta deve ser condenado com veemência", aponta.

Apesar de considerar "abominável" a atitude da professora, o sociólogo reconhece que o racismo ainda existe. "Mas é algo que tem de ser combativo cotidianamente. Nós pudemos ver com a divulgação dos dados parciais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que pessoas de diferentes raças, ocupando posições equivalentes, ganham salários diferentes. A gente sabe que existe, mas que tem sido combatido por meio de campanhas públicas", completa.

A própria vítima contou à reportagem que "algum tipo de racismo embutido ainda existe e a gente convive com isso todos os dias, mas este nível de agressão é a primeira vez que eu sofro".

O vereador Geraldo Tomaz Augusto (PMDB) fala que em Mogi das Cruzes tem aumentado os relatos de negros que sofreram algum tipo de discriminação. "Principalmente ao procurar um emprego, como o de recepcionista. Já ouvi diversas vezes a pessoa, que é negra, dizer que foi informada que a vaga estava preenchida só por conta da cor", afirma.

Geraldo, que é advogado, diz que deve procurar a aposentada para representá-la em um processo criminal. "Creio que o próprio delegado que atendeu o caso irá abrir um inquérito, mas se isso não acontecer, vou pessoalmente ao Ministério Público", promete.

Já o presidente da 17ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marco Soares, classificou a atitude como "odiosa". "Se houver comprovação do crime, a professora terá que ser devidamente punida", alerta.

Iracema Nakano foi procurada pela reportagem, mas o telefone que consta no B.O. não completa a ligação e a linha relacionada ao endereço da professora só chamava.

Fonte: Diário de Mogi
site: http://www.ceerte.org.br/

domingo, 20 de novembro de 2011

20 de Novembro - Dia da Consciência negra

AXÉ!!!

Ontem, a cidade de Salvador foi considerada a "capital negra da América Latina". Na verdade o Brasil é o país mais africanao, fora da África. Porém o que mais chamou a atenção foi o discurso da nossa presidenta Dilma : "...na verdade os afro-descendentes são os que mais sofrem no Brasil, os que mais têm dificuldades para arrumar um emprego digno, sua escolarização é deficitária...".
Fiquei feliz ao perceber que ao menos, oficialmente as autoirdades reconhecem o quanto os descendentes africanos, agora brasileiros precisam ter espaço maior na soceidade e sair desse lócus de condição inferior, que nossa sociedade se esforçou tanto para tentar enquadrá-lo.Precisamos nos render aos feitos de Zumbi, que lutou até a morte por seus ideiais, na certeza de que a causa negra neste país nunca seria esquecida. Parabéns a todos e todas que lutam lado a lado por um país justo e sem racismo.

Reflexões dos alunos de Formosoa - GO. Turma de Complementação Pedagógica, acerca da displina: Currículo

Sobre Currículo da Educação Básica:

- É uma bagagem cultural;
- Deve reconhecer e respeitar a diversidade;
- Os conteúdos devem ser significativos;
- Currículo deve ser flexível e aberto;
- Propor um ensino em que o aluno se perceba;
- Discutir a política atual;
- Currículo é nossa formação de identidade;
- Desconstruir ideias e opiniôes estereotipadas e de cunho racista;
*UM CURRÍCULO PARA FORMOSA:
1- Multicultural;
2- Respeito à crenças, credos e g~eneros;
3- Movimentos culturais (catira, festa da farinha, etc.);
4- Que aprendizado buscamos imprimir em nossos alunos?
5- Didática de ensino voltada para sua vida cotidiana;
6- Valorização do regionalismo local.

Parabéns querid@s alun@s pelas excelentes reflexões!

domingo, 6 de novembro de 2011

Blog do Washigton Dourado traz divulgação do Artigo publicado.

CURRÍCULO E DIVERSIDADE: PROPOSTAS PARA UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA NOS ANOS INICIAIS

06/11/2011
Por: Francisco Thiago
RESUMO
Este artigo apresenta as interfaces entre as teorias curriculares com as práticas pedagógicas relativas à diversidade, especificamente a educação para as relações étnicorraciais, interligadas por uma proposta de formação continuada dos profissionais da educação nos anos iniciais. Os temas serão sustentados por meio do estudo das ideias de teóricos e pesquisadores como: Tomaz Tadeu da Silva (1995; 2008), Torres Santomé, J. (1998) Gimeno Sacristán (1995:2000), Lívia F. F. Borges (2010), Nilma Lino Gomes (2008), Eliane Cavalleiro (2000), Kabengele Munanga (2008), entre outros. O objetivo é analisar como o assunto diversidade tem sido pensando e se materializado nos currículos dos anos iniciais da Educação Básica. Outro aspecto interessante é analisar a formação continuada dos educadores, sobretudo no item que direciona para a aplicabilidade do artigo 26-A da LDB, que aponta para a educação das relações étnicorraciais.
PALAVRAS-CHAVE: Currículo; Diversidade; Formação Continuada; Anti-racismo.
Francisco Thiago Silva -Professor da SEEDF/Ceilândia-Brasília-DF
Especialista em História e Cultura Afro-Brasileira
Aluno Especial do Mestrado – FE- UNB
Membro do grupo de pesquisa GERAJU (Gênero, raça e juventude)- FE/UNB
Blog:  http://professorfranciscothiago.blogspot.com/ 
Email: fthiago2002@yahoo.co m.br
 

Mesa redonda: O ensino de história e as temáticas da diversidade - FE/UNB

Convido a todas/os para uma Mesa-Redonda organizada para a disciplina
"História, Identidade e Cidadania" (turmas B e C)


TEMA: O ENSINO DE HISTÓRIA E AS TEMÁTICAS DA DIVERSIDADE.

PALESTRANTES:

Prof. Michael Laiso Felix  - Intolerância religiosa no Distrito
Federal: Religiões de matriz africana.
Representante do FOAFRO - Fórum Religioso Afrobrasileiro do Distrito
Federal e Entorno;Historiador e especialista em História da Àfrica e
Cultura Afro-brasileira.

Profa  Ana Paz - Educação escolar indígena e educação indígena
DOUTORANDA PPGE/UnB

Dra. Maria Lídia Bueno - Abordagens sobre a Educação de Jovens e
Adultos e  o Ensino de Geografia, no Distrito Federal.
Antropóloga, Geógrafa, doutora em educação, profa de Geografia Fe/UnB

Mediadora: Dra. Renísia Cristina Garcia Filice (Historiadora,
especialista em Filosofia e doutora em Educação)

DIA - 08/11/2011
LOCAL: SALA PAPIRUS
HORARIO: 19:00- 22:00 HS.

PUBLICO ALVO - ESTUDANTES DAS DISCIPLINAS DE HISTÓRIA E INTERESSADOS/AS.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

III Seminário de Políticas e Gestão da Educação Básica

EducaçãoO novo Plano Nacional de Educação em debate05 de novembro de 2011
Auditório Dois Candangos
Realização
08h30 –AberturaCarmenísiaJacobina Aires
Diretora Faculdade de Educação -UnB
ErastoFortes Mendonça
Diretor Executivo da Associação de Política e Administração da Educação
09h00 –Gestão e a Avaliação da Educação no novo PNEFrancisco das Chagas FernandesSecretário Adjunto da Secretaria Executiva do MECWalderêsNunes Loureiro Profa. Universidade Federal de GoiásCoord.: Maria Abádiada Silva Profa. Universidade de Brasília 14h00 –Financiamento da Educação e Formação Docente: perspectivas do novo PNELuiz Araújo UNDIME Nacional Marcelo Soares Pereira da Silva
Prof. Universidade Federal de Uberlândia
Coord. : Ruth Gonçalves de Faria Lopes
Profa. Universidade de Brasília
17h00 –EncerramentoUniversidade de Brasília
Faculdade de Educação
Departamento de Planejamento e Administração

domingo, 23 de outubro de 2011

ABPN - Doutrina da ditadura e racismo continua firme e forte nas forças de segurança

basta_de_violenciaPor Dennis de Oliveira - Em 2002, eram assassinados proporcionalmente 45% mais negros que brancos. Em 2008, esta taxa já havia subido para impressionantes 111,2%. O número de pessoas assassinadas por policiais militares fora do serviço aumentou 50% entre setembro de 2010 e agosto de 2011, segundo reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, de 17/10. Isto aconteceu no mesmo momento em que há uma queda nos homicídios no estado e no país. A reportagem também mostra um aumento nas lesões dolosas cometidas por policiais militares fora do serviço – o aumento no período foi de 17%. Um dado importante sobre a violência no Brasil refere-se a queda nos homicídios que vitimam brancos e um aumento de vítimas negras. Segundo o Mapa da Violência de 2011
 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Linha de Pesquisa Políticas Públicas lança coleção na FE - UNB dia 19/09

Destaque para o livro da professora Dra. Renísia Garcia. Suas palavras: 'Convido  para o lançamento do meu livro "Raça e Classe na Gestão da Educação Básica", dia 19 de outubro de 2011, na Sala Papirus/FE.'

Os presentes poderão ser contemplados com um exemplar da obra, que estará no mercado pela Editora Autores Associados.
 

No ano do afrodescendente, programação extensa no Cara e Cultura Negra

O Festival Cara e Cultura Negra, que conta com o apoio do Sinpro, é um programa de ações anuais que visa promover e preservar a identidade cultural, social e econômica resultante da influência da raça negra na construção da sociedade brasileira e potencializar a participação dessa população no processo de desenvolvimento, a partir de sua história e sua cultura.
Em 2011, que a ONU declarou como o Ano Internacional do Afrodescendente, a programação está extensa, com cursos, oficinas, palestras, fóruns de debate, exposições com visitas guiadas, shows, entre outras atividades. Para se conferir a programação e se inscrever acesse o banner móvel na parte de cima desta página.
O Festival foi idealizado pela prefeitura comunitária do Setor de Diversão Sul e pelo Centro de Estudos para o desenvolvimento da Cidade e desde 2004 vem desenvolvendo e/ou apoiando atividades em cooperação com entidades governamentais e não governamentais.
No seu sétimo ano, o Cara e Cultura Negra apresenta a essência da Diáspora Africana, seus atores principais, suas experiências e manifestações, conectando as pessoas através da arte, da cultura e da história da Diáspora Africana, explorando o impacto que as pessoas de ascendência africana tiveram na vida contemporânea em todo o mundo, promovendo uma eterna celebração à força da universalidade.
Toda a programação é gratuita e será desenvolvida entre os dias 7 a 25 de novembro, nos seguintes locais : Centro de Convenções  Ulysses Guimarães, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Setor de Diversões Sul, Estações do Metrô, e Praça Zumbi dos Palmares. Serão dias de intensa programação com shows musicais, exposições educacionais, fotográficas e de artes plásticas, visitas guiadas, oficinas, palestras, espetáculos de teatro e dança, mostra de cinema, entre outras atividades, promovendo o acesso gratuito a milhares de pessoas que circularão pelos espaços do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Criado durante as festividades do 20 de novembro, o Festival Cara e Cultura Negra vem se transformando numa referência obrigatória no cenário das celebrações do Dia Nacional da Consciência Negra, em Brasília, tornando-se um relevante ‘espaço’ para esse grupo étnico, seja de preservação da cultura afro-brasileira ou de fomento ao turismo étnico, seja de mobilização social ou de geração de empregos e , principalmente, de consolidação da cidade como mais um pólo da cultura negra no país.
A sétima edição estabelece uma ponte entre os diversos caminhos que a cultura negra percorreu até os dias de hoje, tendo como um dos seus objetivos promover a Serão dias de intensa programação com shows musicais, exposições educacionais, fotográficas e de artes plásticas, visitas guiadas, oficinas, palestras, espetáculos de teatro e dança, mostra de cinema, entre outras atividades, promovendo o acesso gratuito à nossa história a milhares de pessoas que circularão pelos espaços do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O Encontro de experiências, histórias de lutas e Culturas Tradicionais e Contemporâneas será um momento de celebração da cultura afro-brasileira e de intersecção entre as mais diversas manifestações espalhadas pelo país e por todo o mundo.
Cada um a seu tempo e a sua maneira reproduzindo com orgulho seus ritmos e saberes. Músicos, pensadores, políticos e quilombolas, donos de um conhecimento milenar estarão lado a lado para trocas, oficinas e apresentações, compartilhando histórias e costumes, em total sintonia com a natureza e com nossa diversidade cultural. reunião de estudiosos brasileiros e de outros países da diáspora negra, artistas, pessoas comuns, afro-brasileiras, numa série de encontros, oficinas, palestras e debates a serem realizados ao longo da programação. O Encontro de experiências, histórias de lutas e Culturas Tradicionais e Contemporâneas será um momento de celebração da cultura afro-brasileira e de intersecção entre as mais diversas manifestações espalhadas pelo país e por todo o mundo. FONTE: http://www.sinprodf.org.br/

Revista Brasileira de Educação e Cultura publica artigo de minha autoria sobre currículo.



Com muita satisfação, anuncio aos leitores, que a revista idealizada pelo CESG - de São Gotardo disponibilizou meu artiogo que acaba de ser publicado:

Lembro que todos podem acessar a revista na íntegra: http://www.periodicos.cesg.edu.br/index.php/educacaoecultura/issue/current

A Revista Brasileira de Educação e Cultura é um periódico científico transdisciplinar e online, mantido pelo Centro de Ensino Superior de São Gotardo, que publica trabalhos nas seguintes áreas:

-        Educação e Pedagogia
-        Filosofia
-        História e Geografia
-        Sociologia, Antropologia e Arqueologia
-        Ciência Política, Direito, Relações Internacionais...
-        Psicologia, Psicanálise, Psicopedagogia, Serviço Social...
-        Ciências das Religiões
-        Artes Visuais, Cênicas, Audiovisuais, Música...
-        Letras: Línguas e Literaturas
-        Ciências da Informação: Biblioteconomia, Arquivologia, Museologia...
-        Comunicação e Lingüística

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

“Estou voltando...” Um conto africano

Um jovem angolano caminhava solitário pela praia. Parou por alguns instantes para agradecer aos deuses por aquele momento milagroso: o deslumbramento de sua terra natal. O silêncio o fez adormecer em seu âmago, despertando inesperadamente com o bater das ondas sobre as pedras. De repente, surgiram das matas homens estranhos e pálidos que o agarraram e o acorrentaram. Sua coragem e o medo travaram naquele momento uma longa batalha... Ele chamou pelos seus pais e clamou pelo seu Deus. Mas ninguém o ouviu. Subitamente mais e mais rostos estranhos e pálidos se uniram para rirem de sua humilhação. Vendo que não havia saída, o jovem angolano atacou um deles, mas foi impedido por um golpe. Tudo se transformou em trevas.
Um balanço interminável o fez despertar dentro do estômago de uma criatura. Ainda zonzo, ele notou a presença de guerreiros de outras tribos. Todos se demonstraram incrédulos sobre o que estava acontecendo. Seus olhos cheios de medo indagavam. Passos e risos de seus algozes foram ouvidos acima. Durante a viagem muitos guerreiros morreram, sendo seus corpos lançados ao mar. Dias depois, já em terra firme, ele é tratado e vendido como um animal. Com o coração cheio de “banzo” ele e outros negros foram levados para um engenho bem longe dali. Foram recebidos pelo proprietário e pelo feitor que, com o estalar do seu chicote não precisou expressar uma só palavra. Um dia, em meio ao trabalho, o jovem angolano fugiu. Mas não foi muito longe; foi capturado por um capitão do mato. Como castigo foi levado ao tronco onde recebeu não duas, mas cinqüenta chibatadas. Seu sangue se uniu ao solo bastardo que não o viu nascer.
Os anos se passaram, mas a sua sede por liberdade era insaciável. Várias vezes foi testemunha dos maus tratos que o senhor aplicava sobre as negras, obrigando-as a se entregarem. Quando uma recusava era imediatamente açoitada pelo seu atrevimento. A Sinhá, desonrada, vingava-se sobre uma delas, mandando que lhe cortassem os mamilos para que não pudesse aleitar. O jovem angolano não suportando mais aquilo fugiu novamente. No meio do caminho encontrou outros negros fugidos que o conduziram ao topo de uma colina onde uma aldeia fortificada – um quilombo – estava sendo mantida e protegida por escravos.
Ali ele aprendeu a manejar armas e, principalmente a ensinar as crianças o valor da cultura africana. Também foi ali que conheceu a sua esposa, a mãe de seu filho. Com o menino nos braços, ele o ergue diante as estrelas mostrando-o a Olorum, o deus supremo...    Surgem novos rostos, estranhos e pálidos, mas de coração puro, os abolicionistas. Eram pessoas que há anos vinham lutando pelo fim do cativeiro. Suas pressões surtiram efeito. Leis começaram a vigorar, embora lentamente, para o fim da escravatura: A Lei Eusébio Queiroz; a do Ventre-Livre, a do Sexagenário e, finalmente, a Lei Áurea. A juventude se foi. O velho angolano agora observa seus netos correndo livremente pelos campos. Aprenderam com o pai a zelarem pelas velhas tradições e andarem de cabeça erguida. Um dia o velho ouviu o clamor do seu coração: com dificuldade caminhou solitário até a praia. Olhou compenetrado para o horizonte. Agora podia ouvir as vozes de seus pais sendo trazidas pelas ondas do mar.
A noite caiu cobrindo o velho angolano com o seu manto... Os tambores se calaram... No coração do silêncio suas palavras lentamente ecoaram: “Estou voltando... Estou voltando...”


domingo, 2 de outubro de 2011

Minicurso: História, Políticas e Educação das Relações Etnicorraciais - UNB

Universidade de Brasília
Faculdade de Educação
GERAJU


O minicurso em “História,
Políticas e Educação das Relações
Etnicorraciais” trata-se de um curso de
formação continuada voltado para
estudantes de Pedagogia, das
licenciaturas e profissionais da educação
básica. Os conteúdos distribuídos em
três módulos de 04 horas, versam sobre a
cultura afro-brasileira, possibilidades de
interface entre estudos sobre políticas
públicas e o Fazer em sala de aula. Este
minicurso visa sensibilizar para a
importância da discussão das relações
raciais no âmbito da sala de aula, numa
perspectiva sócio-histórica, filosófica e
cultural.
Espera-se que, provocados pelas
possibilidades teóricas e práticas, os
cursistas possam buscar o
aprofundamento necessário pata
introduzi-las, transversalmente, em suas
práticas pedagógicas, na escola e em
suas pesquisas. E também, possam
refletir, cotidianamente, sobre diferentes
formas de intervir, positivamente, nos
conflitos raciais que ocorrem no
ambiente escolar e fora dele.
Inscrições antecipadas pelo site:
www.semanauniversitária.unb.br
Apresentação

PROGRAMAÇÃO
Dia 04/10/2011 - Terça-Feira
Primeira Roda de Conversa - Entre reflexões e
práticas
MANHÃ
8:00 - 9:30- Cultura, Religiosidade africana e afrobrasileira
em sala de aula.
Resp.: Profo Francisco Thiago Silva - (Historiador/
SEDF)
9:30—9:45 - Intervalo
9:45-11:45 - Cultura, música afro-brasileira em
sala de aula
Resp.: Profa Renata Parreira- (Pedagoga/SEDF)
11:45- 12:00- Lançamento do Livro: “Raça e
Classe na Gestão da Educação Básica. A cultura na
implementação de políticas públicas” - Autora:
Profa Dra. Renísia C.Garcia Filice FE/UnB.
TARDE
Dia 04/10/2011 - Segunda Roda de Conversa -
Entre reflexões e práticas
14:00-16:00: O entrecruzamento entre gênero e
raça na educação: a intersecção de
vulnerabilidades.
16:00-16:15 - Intervalo
16:15- 18:00 - cont. .
Resp.: Prof. Dr. Wanderson Flor do Nascimento -
(Filosofia-UnB)
Dia 05/10/2011 - Quarta-Feira
Terceira Roda de Conversa - Entre reflexões
e práticas
MANHÃ
8:00 - 9:00 - Pesquisa 1: Reflexões e práticas:
ensino de História e relações étnicorraciais no
Ensino Fundamental
Pesquisadora: Krissiane Marques da Silva
(Pedagogia/UnB)
9:00 - 10:00 -Pesquisa 2: Políticas antirracistas
e ensino de História na EJA
Pesquisadora: Gisely Cardoso da Silva
(História/UnB)
10:00- 10:15 - Intervalo
10:15 - 11:15 - Pesquisa 3. A invisibilidade
racial na EJA
Pesquisador: Almir Lopes de Castro
(Pedagogia/UnB)
11:15 - 12:00 - Pesquisa 4. Cultura negra no
Brasil: evidenciando visões e convicções sobre
raça e classe
Responsável: Profa. Dra. Renísia C. Garcia
Filice - Fac. Educação/UnB

sábado, 1 de outubro de 2011

Feira Cultural















A feira de cultura da EC 39 foi marcada pelo espetacular estande que encerrou o projeto sobre a história da África, além da exposição de telas, sobre os orixás. O professor Marcos Lopes e sua esposa comparceream ao evento.Ambos desenvolvem Projeto na temática na EC 47 de Ceilândia.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Exposição: " Os orixás no Brasil: presença das forças africanas no imaginário cultural brasileiro."

Na sexta feira (30/09) a partir das 14 horas, será aberta a exposição de telas da artista plástica: Kelly Cristina Lima Cardoso, que trará sua interpretação a cerca da presença das divindades afro-brasileiras no imaginário nacional. Kelly é natural de Brasília, sempre se interessou por Artes Plásticas e desenho. 

Teve formação em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário de Brasília. Cursa pós-graduação em Marketing Digital e atua como designer de impressos e ilustradora.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PUC - Goiânia realiza V Congresso Internacional em Ciências da Religião


Acontecerá entre os dias 28, 29 e 30 de setembro, com diversas palestras e GTS. Na quarta estarei com uma palestra, sobre o candomblé. Às 16:15

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Nota de repúdio do Sinpro: arbitrariedade de policiais civis termina com prisão de orientadora de escola

19/09/2011
FONTE: Site do Sinpro
O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) repudia a ação arbitrária de integrantes da Polícia Civil de Planaltina, que de forma totalmente ilegal manteve uma orientadora educacional presa por quase sete horas.
No dia 15 de setembro a orientadora Adriana Teodoro Barreto foi levada à força por agentes da 16ª Delegacia de Polícia e presa mediante constrangimento e utilização de força física, sob a alegação de não ter se identificado aos policiais. Funcionários do Centro de Ensino Fundamental 04 de Planaltina informaram que os agentes entraram na escola com o objetivo de obter informações sobre o paradeiro de uma aluna desaparecida, e em seguida começaram a exigir a retirada de alguns alunos de sala de aula para que fossem entrevistados. Ao impedir que o procedimento ilegal fosse feito a orientadora Adriana Teodoro passou a ser ofendida, sendo inclusive chamada pelos agentes de “orientadorazinha qualquer”. Não bastassem as ofensas já proferidas pelos agentes, Adriana ainda foi chamada de criminosa na frente de vários colegas de trabalho e de representantes do Sinpro-DF  no momento que era liberada.
O Sindicato entrará com uma ação na corregedoria da Polícia Civil por acreditar que o(a) trabalhador(a) deve ser respeitado(a) em seu local de trabalho e ter seus direitos garantidos.