terça-feira, 31 de outubro de 2017

A MERCANTILIZAÇÃO DO CURRÍCULO ESCOLAR E O CONHECIMENTO COMO COADJUVANTE

Prof. Dr. Francisco Thiago Silva/SEDF-UNIPROJEÇÃO[1]


         O campo do currículo, desde sua gênese na década de 1900 nos Estados Unidos da América surge como um espaço ideologizado e palco de interesses que reflete as decisões de quem exerce autoridade política, cultural e pedagógica para responder às questões como: quem determina o que tem que ser ensinado? Por quem deve ser ensinado? De que forma será ensinado? Para quem?
         Essa situação é apropriadamente denominada de “modelo de intromissão burocrática” pelo curriculista espanhol Gimeno Sacristán (2000). Ocorre que a maioria dos coordenadores e docentes, sobretudo do nível básico de educação não têm base teórica para dirimir as formas de organizar o conhecimento, que é justamente o coração do próprio currículo, então passam a exercer o papel de meros executores das propostas documentais - tema que já discutimos em pesquisa anterior e que conceituamos como uma das características do processo de “desprofissionalização docente” (SILVA, SILVA, 2012) - que se transformam em aulas e que materializam as decisões do campo burocrático, na maioria dos casos, sujeitos responsáveis pela administração, nas mais diferentes esferas, que pouco compreendem como se dá a Organização do Trabalho Pedagógico – OTP (Freitas, 1995).
          Assim, como bem lembra Saviani (2012) a escola passa por um processo de “hipertrofia”, onde os mais variados temas, impulsionados pela mídia, por aventureiros dos mais variados campos, principalmente da psicologia, criam produtos e franquias que são comercializados em forma de palestras, projetos e materiais didáticos a preços duvidosos, e mais do que nunca, passam a exercer e a ocupar um espaço curricular disciplinar nos fluxogramas, classificados como as tradicionais “grades” praticadas pelas instituições de ensino.
         De forma mais explícita, a “hipertrofia da escola” se dá, quando a mesma insere em suas práticas curriculares inúmeros projetos ligados a temas, que por vezes nem dialogam com a cultura local ou com o perfil de estudantes atendidos por ela. Geralmente se materializam em datas comemorativas, plastificadas em grandes eventos que pouco contribuem para o aprimoramento do cabedal intelectual dos estudantes. 
         Nossa preocupação central é de que a transversalização das disciplinas e dos conteúdos clássicos, subsumidos em prol desses encantamentos, se traduzam no “currículo de turistas” (SANTOMÉ, 1998) ou no “currículo festivo” (SILVA, 2015), expressões máximas da irresponsabilidade pedagógica, e do improviso precário, que toma os conteúdos confirmados pela academia, que são objeto de avaliação nos exames admissionais universitários e de carreira como meros coadjuvantes.
         Além disso, temáticas relevantes como educação das relações raciais, gênero, cultura local, diversidade cultural acabam ocupando um espaço marginal na prática curricular, travestidos de uma suposta preocupação em tornar a sociedade mais humana e amorosa, como se esta escola fosse a do “acolhimento social” em detrimento de outra “do conhecimento”, essa dualidade perversa já foi denunciada por Libâneo (2012). Discussões complexas que envolvem o uso de conceitos e teorias das mais diferentes áreas do conhecimento não podem ser traduzidas em calendários cívicos, dia “D” ou apenas um evento social festivo. Antes, essas sim, devem ocupar espaço central no currículo “modelado” e “praticado” (SACRISTÁN, 2000) nas escolas, desde que partam das contribuições acadêmicas e consagradas no universo da produção do conhecimento humano.
         Aliás, como ponderou Young (2007), o currículo, como “território em disputa” (MOREIRA; SILVA, 2011) não pode ter como centro gravitacional apenas a cultura, o cotidiano, as pseudo-teorias e os projetos meramente mercadológicos, que pouco fazem avançar na aquisição do “conhecimento poderoso”, esse tipo de conhecimento objetivado e escolarizado deve ser o reflexo da formação inicial e continuada de gestores, coordenadores e professores que têm a educação como seara laboral, ao contrário, de empresas e sujeitos que, envaidecidos por suas próprias criações e estimulados pelo mercado educacional, interferem cada vez mais no “sistema curricular” (SACRISTÁN, 2000) e impedem que os professores exerçam sua autonomia intelectual.      
         Portanto, o currículo não pode ser campo de aplicação de métodos e produtos descolados da prática social, visto que, a própria escola e os sujeitos que nela convivem são personagens historicamente situados que só têm sentido de existir, se for para fazer com que a relação pedagógica entre estudantes e o conteúdo resultem na aquisição de conhecimentos significativos que formem sujeitos letrados socialmente e emancipados em suas tomadas de decisões, ao menos as que envolvam o manuseio das grandes contribuições teóricas e práticas da humanidade - legitimadas por teóricos, acadêmicos e professores - que devem ser o núcleo da própria instituição de ensino. 



Referências Consultadas

FREITAS, Luís Carlos. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. Campinas: SP, Papirus, 1995.

LIBÂNEO, José Carlos. O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 1, p. 13-28, 2012.

MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Currículo, cultura e sociedade. São Paulo: Cortez, 2011.

SACRISTÁN, Jose. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores Associados, 2012.

SILVA, Francisco Thiago. Currículo Festivo e Educação das Relações Raciais. Rio Grande, Pluscom Editora, 2015.

SILVA, Francisco Thiago. SILVA, Leda Regina Bittencourt. Currículo prescrito e trabalho docente: desprofissionalização dos professores na educação básica do Distrito Federal. Anais do X Colóquio Sobre Questões Curriculares & VI Colóquio Luso Brasileiro de Currículo. Belo Horizonte, UFMG, Brasil, 2012.      

YOUNG, Michael. Para que servem as escolas? Revista Educ. Soc., Campinas, vol. 28, n. 101, p. 1287-1302, set./dez. 2007.





[1] Doutor e Mestre em Educação, Currículo e Formação de Profissionais da Educação pela Universidade de Brasília. Especialista em História e Cultura Africana e Afro-Brasileira. Licenciado em História e Pedagogia. Professor da SEDF desde 2005 e do Centro Universitário Projeção desde 2014. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa: “Currículo e Interdisciplinaridade na Formação Docente” (CNPQ). Email: fthiago2002@yahoo.com.br.   

domingo, 15 de outubro de 2017

VI Seminário do GEPFAPe (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação e Atuação de Professores/Pedagogos)

É com muita satisfação que convidamos a participarem do VI Seminário do GEPFAPe (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação e Atuação de Professores/Pedagogos). Será realizado no dia 27 de outubro de 2017, com início às 8:00hs, na Faculdade de Educação, da Universidade de Brasília – UnB, tendo como tema "Universidade e Rede de ensino pensando juntas a formação de Professores/Pedagogos".
A proposta pretende promover debates e análises de pesquisas e relatos de experiências sobre a formação e atuação de professores/pedagogos. O evento será organizado em mesas temáticas e sessão de pôsteres, perpassando os eixos temáticos do GEPFAPe, "Formação de professores: políticas, concepções, projetos e profissionalidade"; "A construção da profissionalidade docente. Bacharéis na Educação Profissional e Tecnológico"; "Professores em início de carreira, as dificuldades e descobertas do trabalho pedagógico no cotidiano da escola"; "Epistemologia da práxis: pressupostos teóricos e práticos para a formação de professores"; "Formação continuada: estudos e concepções". O VI Seminário aspira reunir pesquisadores, professores do Ensino Superior e Educação Básica, estudantes e comunidade em geral.
A INSCRIÇÃO para participação, envio e submissão de relatos de experiência e/ou de pesquisa será realizada pelo site do GEPFAPe: https://gepfape.com.br.
A Inscrição sem submissão: até 25/10/2017
A Inscrição com submissão até 20/10/2017.
Resultados: 23/10/2017.
Envio de trabalhos e mais informações no site: https://gepfape.com.br/ 
Fonte: http://www.fe.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=827:vi-seminario-gepfape&catid=86:ultimas-noticias&Itemid=1450


sexta-feira, 6 de outubro de 2017

I Congresso Internacional em Direitos Humanos e Cidadania - UnB

A Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania – do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, da Universidade de Brasília – promoverá I Congresso Internacional em Direitos Humanos e Cidadania entre os dias 16, 17 e 18 de outubro de 2017, no Auditório Joaquim Nabuco, da Faculdade de Direito da UnB, a partir das 9h. O I Congresso Internacional em Direitos Humanos e Cidadania tem por objetivo apresentar as recentes pesquisas e dialogar com a complexidade que é a pesquisa em direitos humanos e cidadania na pós-graduação e realizar diálogos de saberes com as demais pós-graduações em direitos humanos no Brasil e no mundo. A pesquisa em direitos humanos apresenta algumas singularidades que são instigantes e, ao mesmo tempo, desafiadoras na seara acadêmica, seja ela disciplinar seja interdisciplinar. Se, por um lado, firma suas bases na reflexão sobre questões urgentes da nossa comunidade mundial em relação às violações, à promoção e à proteção de direitos, por outro impõe-nos a quebra de paradigmas de metodologias de pesquisa mais tradicionais, provocando-nos a realizar diálogos mais plurais entre as diversas áreas do conhecimento. Voltado para pesquisadores em direitos humanos, docentes, discentes, profissionais da área e comunidade em geral, o I Congresso Internacional em Direitos Humanos e Cidadania parte das questões que nos afligem na produção do conhecimento na área dos direitos humanos, ou seja, debater os desafios da pesquisa disciplinar/interdisciplinar em direitos humanos; fomentar o debate em torno das diferentes áreas dos direitos humanos exploradas pelas linhas de pesquisa atuantes; e congregar os programas de Pós-Graduação em Direitos Humanos (PPGDH) para troca de experiências e saberes. O I Congresso Internacional em Direitos Humanos e Cidadania será, ainda, um espaço para o debate sobre a situação da democracia no Brasil, na América Latina e no mundo.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

JORNADA DE EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO VAI HOMENAGEAR DEMERVAL SAVIANI COM A COMENDA “GRANDE EDUCADOR PROJEÇÃO”

utor de diversas obras e escritor premiado, o filósofo e educador será homenageado no dia 20 de novembro em solenidade no Campus II do Centro Universitário Projeção. SAIBA MAIS.
A Escola de Formação de Professores divulgou o nome de Demerval Saviani como  “Grande Educador Projeção 2017”. A comenda, no contexto do projeto “Grandes Educadores” será entregue ao filósofo e educador no próximo dia 20 de novembro, na primeira noite da Jornada de Educação, Diversidade e Inclusão, evento que será realizado pelo Centro de Formação de Professores no Campus II do  UniPROJEÇÃO, em Taguatinga Norte.  Autor de diversas obras  e escritor premiado (ele tem três “Jabutis” na categoria Educação), Saviani é  o fomentador da teoria histórico-crítica que defende a aplicação conhecimentos significativos que contribuam para a formação de indivíduos críticos e emancipados assegurando a inclusão social dos educandos.

Para saber mais: Demerval Saviani


Nasceu em Santo Antônio de Posse –SP, em 03/02/44 (de direito, pois de fato nasceu em 25/12/43), sendo neto de imigrantes italianos e filho de trabalhadores rurais que, em 1948 se transferiram para a cidade de São Paulo, transformando-se em operários industriais. Concluiu o Curso primário, em 1954, em São Paulo e em 1959, o Curso ginasial no Seminário Nossa Senhora da Conceição, em Cuiabá. Em 1960 estudou o 5º ano do Seminário Menor (1º ano do Curso Colegial, hoje Ensino Médio) no Seminário do Coração Eucarístico de Campo Grande, então uma próspera cidade do Sul de Mato Grosso, hoje capital de Mato Grosso do Sul. Retornando ao Seminário de Nossa Senhora da Conceição de Cuiabá concluiu, em 1961, os estudos do Seminário Menor. Em 1962 iniciou seus estudos filosóficos no Seminário Maior de Aparecida, em SP. No início de 1963, no âmbito do Acordo celebrado entre o Seminário Maior de Aparecida e a Faculdade Salesiana de Filosofia de Lorena, foi aprovado no Concurso Vestibular prosseguindo em seus estudos filosóficos, ainda no seminário, mas agora como aluno do 1º ano do Curso de Graduação em Filosofia da Faculdade de Filosofia de Lorena, em SP. Em dezembro de 1963 deixou o seminário e retornou à cidade de São Paulo onde vivia sua família, transferindo-se para a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da PUC/SP na qual concluiu, em 1966, o curso de graduação, formando-se bacharel e licenciado em Filosofia. Sendo de uma família de operários necessitava trabalhar para cursar a faculdade. Nessa condição, ingressou no Banco Bandeirantes do Comércio transferindo-se, em 2 de dezembro de 1965, mediante aprovação em concurso público, para o Banco do Estado de São Paulo. Em 1967 atuou como professor do Curso de Pedagogia da PUC/SP e lecionou filosofia e história da arte num Colégio Estadual e História e Filosofia da Educação na Escola Normal do Colégio Sion. Em 1968 demitiu-se do Banespa para se dedicar inteiramente ao magistério. Tendo concluído o Doutorado na área de Ciências Humanas: Filosofia da Educação, na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de São Bento, da PUC/SP, ajudou a criar o Programa de Mestrado em Filosofia da Educação nessa Instituição.
Saviani fez seus estudos superiores e iniciou sua carreira docente numa época de crise e profundas mudanças na sociedade brasileira por ele vivenciadas intensamente. Devido à renúncia de Jânio Quadros em agosto de 1961, a posse do vice-presidente João Goulart, como Presidente da República, deu-se com a instalação do regime parlamentarista. Em 6 de janeiro de 1963, mediante plebiscito, restaurou-se o presidencialismo e Jango recuperou os poderes presidenciais, mas foi derrubado, em 1º de abril de 1964, por um golpe que instaurou uma ditadura militar que durou 21 anos.
Em 1975 foi lecionar na recém criada Universidade Federal de São Carlos onde ajudou a implantar, em 1976, o Mestrado em Educação, em convênio com a Fundação Carlos Chagas. Em 1978 retornou como professor da PUC/SP e ajudou a consolidar o Doutorado em Educação nesta Instituição. Em 1979 participou da fundação da ANDE –Associação Nacional de Educação tendo sido, também, sócio fundador da ANPED - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, criada em 1977 e do CEDES - Centro de Estudos Educação e Sociedade, articulado em 1978 e oficializado em março de 1979. Em 1986 concluiu a Livre Docência na área de História da Educação na Faculdade de Educação da UNICAMP. Também em 1986 criou o Grupo de Estudos e Pesquisas "História, Sociedade e Educação no Brasil" que se consolidou como um Grupo Nacional com grupos de trabalho na maioria dos estados brasileiros. Em 1988 participou da elaboração de um anteprojeto da LDB ¬ Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Entre 1989 e 1992 coordenou o Programa de Pós-¬Graduação em Educação da UNICAMP. Considerado filósofo da educação e/ou pedagogo lato sensu, é fundador de uma pedagogia dialética, que denominou Pedagogia Histórico-Crítica.[1]
Dermeval Saviani é grande educador que vivenciou um período de mudanças no nosso país, como a transição na educação durante a consolidação do período democrático que vivemos na atualidade, acompanhando as transformações sociais, as transformações na história da educação brasileira e acentuando os pontos positivos e negativos que as modificações no processo educacional refletiram no dia-a-dia. Tem uma visão progressista sobre a educação. Ele é o fomentador da teoria histórico-crítica que tem como objetivo principal a transmissão de conhecimentos significativos que contribuam para a formação de indivíduos críticos e emancipados assegurando a inclusão social dos educandos.

Premiações
- Medalha do mérito educacional do Ministério da Educação (1994).
- Prêmio Zeferino Vaz de produção científica (1997).
- Professor Emérito da UNICAMP (2002).
- Pesquisador Emérito do CNPq (2010).
- Prêmio Jabuti de 2008, 1º lugar na categoria Educação, Psicologia e Psicanálise com História das Idéias Pedagógicas no Brasil.
- Prêmio Jabuti de 2014, 2º lugar na categoria Educação, com Aberturas para a História da Educação.
- Prêmio Jabuti de 2016, 2º lugar na categoria Educação, com História do tempo e tempo da história.


Obras
- Educação brasileira: estrutura e sistema, São Paulo, Saraiva, 1973
- Escola e Democracia, São Paulo: Cortez Autores Associados, 1983
- Educação - Do Senso Comum a Consciência Filosófica, São Paulo: Cortez Autores Associados, 1980.
- Ensino Público e Algumas Falas sobre Universidade, São Paulo: Cortez Autores Associados, 1984.
- Sobre a Concepção de Politécnica Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 1989.
- A Nova Lei da Educação-Trajetória, Limites e Perspectivas, Campinas: Autores Associados, 1997
- Pedagogia Histórico-Crítica, primeira aproximações, Campinas: Autores Associados, 1991.
- Educação e questões da atualidade, São Paulo, Cortez/Livros do Tatu, 1991.
- Educación: temas de actualidad, Buenos Aires, Libros del Quirquincho, 1991.
- Política e Educação no Brasil-O Papel do Congresso Nacional na Legislação do Ensino, São Paulo, Cortez, 1987
- Da Nova LDB ao Novo Plano Nacional de Educação-Por Uma Outra Política Educacional, Campinas, Autores Associados, 1998
- Da Nova LDB ao FUNDEB, Campinas, Autores Associados, 2007.
- História das ideias pedagógicas no Brasil, Campinas, Autores Associados, 2007.
- A pedagogia no Brasil: história e teoria, Campinas, Autores Associados, 2008.
- Interlocuções pedagógicas: conversa com Paulo Freire e Adriano Nogueira e 30 entrevistas sobre educação. Campinas, Autores Associados, 2010.
- Educação em diálogo, Campinas, Autores Associados, 2011.
- Pedagogia histórico-crítica e luta de classes na educação escolar (em co-autoria co Newton Duarte), Campinas, Autores Associados, 2012.
- Aberturas para a história da educação, Campinas, Autores Associados, 2013.
- O Lunar de Sepé: paixão, dilemas e perspectivas na educação, Campinas, Autores Associados, 2014
- Sistema Nacional de Educação e Plano Nacional de Educação: significado, controvérsias e perspectivas, Campinas, Autores Associados, 2014.
- História do tempo e tempo da história. Campinas, Autores Associados, 2015.


*Fonte: https://projecao.br/Faculdade/Noticias/Ler/27432/jornada-de-educacao-diversidade-e-inclusao-vai-homenagear-demerval-saviani-com-a-comenda--grande-educador-projecao-

domingo, 17 de setembro de 2017

A REFORMA DA CANETA: REFLEXÕES CURRICULARES ACERCA DO ENSINO MÉDIO PROFISSIONAL NO BRASIL ATUAL

A REFORMA DA CANETA: REFLEXÕES CURRICULARES ACERCA DO ENSINO MÉDIO PROFISSIONAL NO BRASIL ATUAL 

LA REFORMA DEL BOLÍGRAFO: REFLEXIONES CURRICULARES SOBRE LA ESCUELA SECUNDÁRIA PROFESIONAL EN BRASIL ACTUAL 

Lívia Freitas Fonseca Borges FE/Universidade de Brasília (UnB) liviaffb@terra.com.br 
Francisco Thiago Silva Universidade de Brasília (UnB) fthiago2002@yahoo.com.br 


Resumo O que aqui denominamos a reforma da caneta é o resultado do poder discricionário das autoridades que se revezam na esfera pública e o exercem com a força dos cargos que ocupam cujas ações unilaterais são eivadas de alienação dos sujeitos reais da cena educacional. Insere-se neste contexto a reforma do ensino médio profissional no Brasil atual, produzida por Medida Provisória, ao tornar facultativa a oferta de disciplinas constituídas de fundamentos teóricos e práticos relevantes para a formação humana, além de permitir a atuação de leigos, o notório saber, no lugar do profissional do magistério, formado na e para a docência representa um retrocesso sem precedentes em nossa infante democracia, a atual política educacional brasileira atesta o seu total desprezo à carreira docente e afirma uma política de empobrecimento curricular na formação da juventude e da classe trabalhadora que logram cursar o ensino médio por ela proposto. Assumir o seu papel neste contexto formativo ainda é um grande desafio para a universidade brasileira. O ensino médio que queremos não pode derivar de tal reforma que caminha na contramão da desejada educação pública democrática e de qualidade. É preciso reabrir o debate, valorizar o acúmulo da ciência brasileira a respeito da matéria e, sobretudo, ouvir as vozes silenciadas no cenário educativo, seus reais protagonistas.

Link:http://periodicos.uesb.br/index.php/rbba/article/view/6207/6455

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Curso de Extensão "Oficina do Professor Escritor"

Curso de Extensão "Oficina do Professor Escritor"
Período de inscrição: De 06 a 14/09/17
Realizar a inscrição pessoalmente na Secretaria do Mestrado Profissional da Faculdade de Educação (vagas limitadas)
Horário de Inscrição: Das 9:00 às 11:00 e de 14:00 às 17:00
 Período do Curso: de 14/09 a 07/12/2017
Dia e horário do Curso: às quintas, de 08:00 às 12:00


quinta-feira, 7 de setembro de 2017

II Seminário por uma Educação Antirracista e sem LGBTfobia nas Escolas

O Sinpro, por meio da Secretaria de Assuntos de Raça e Sexualidade, abre as inscrições para o II Seminário por uma Educação Antirracista e sem LGBTfobia nas Escolas, que acontecerá nos dias 15 e 16 de setembro, na sede do sindicato. Para participar, acesse o link e faça a sua inscrição.
O seminário coloca em debate a construção de uma educação que vise a formação de cidadãs e cidadãos críticos, éticos e que respeitem as liberdades individuais, princípio fundante da luta de classes. Esse processo requer de todos uma reflexão permanente de nossa prática pedagógica e de nossas ações como seres integrantes dessa engrenagem, que é a educação pública.
A partir deste debate, o Sinpro espera contribuir para a garantia da implementação plena da Lei nº 10.369, que traz luz ao Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e indígena nas escolas. “Queremos ver nossas escolas livres das mordaças que impeçam educandos e educadores de dialogarem temas que estejam presentes na comunidade escolar e na sociedade, pois só assim teremos uma sociedade livre do racismo e da LGBTfobia”, analisa a diretora do Sinpro Elbia Pires.


Fonte: http://www.sinprodf.org.br/ii-seminario-por-uma-educacao-antirracista-e-sem-lgbtfobia-nas-escolas-2/

domingo, 3 de setembro de 2017

Tese de doutorado aprovado com louvor



Na última sexta-feira (01/09/2017) o professor Francisco Thiago Silva da SEDF e do Centro Universitário Projeção teve sua tese de doutorado em Educação e Currículo aprovada com louvor, tornando-se o primeiro doutor na área de currículo da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. A pesquisa teve como objeto de estudo o ensino de História nos currículos dos cursos de Pedagogia de instituições privadas no Distrito Federal.