Abertas inscrições para apresentação de trabalho
Estão abertas as
inscrições para propostas de apresentação de trabalho na modalidade comunicação
oral nas 12 Seções Temáticas que irão compor o Simpósio SERNEGRA, que ocorrerá
nos dias 18, 19 e 20 de novembro de 2013, no Campus Brasília do IFB.
O Simpósio SERNEGRA
faz parte da Semana de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça do IFB que, em
sua segunda edição, contará com uma programação bastante diversa, com
palestras, mesas-redondas, exposições, cine-debate, eventos de
confraternização, cursos e oficinas.
DA INSCRIÇÃO
As inscrições de
propostas de comunicação estarão abertas de 05 de agosto a 06 de setembro de
2013 e deverão ser feitas online.
1) Modalidade dos trabalhos: comunicação oral
2) Período de apresentação de propostas: 05 de
agosto à 06 de setembro
3) Resultado da avaliação das propostas de
comunicação: 20 de setembro
4) Para apresentar uma proposta de comunicação
é necessário o preenchimento do formulário online.
5) No formulário o proponente deverá preencher
os seguintes dados:
a)
Nome completo
b)
Instituição a que se vincula (se for o caso)
c)
Titulação
d)
Link do currículo Lattes (se for o caso)
e)
E-mail
f)
Resumo do trabalho a ser apresentado (mínimo de 100 e máximo de 200 palavras)
g)
Seção Temática a que se endereça a proposta de comunicação (1ª opção)
h)
Seção Temática a que se endereça a proposta de comunicação (2ª opção)
6) Cada proponente poderá apresentar apenas uma
proposta de comunicação
7) Cada proposta de comunicação poderá ter até
dois autores
DAS COMUNICAÇÕES
1) Uma comunicação é composta por apresentação
oral e debate
2) Todas as STs contarão com data show e
computador com libreoffice. O uso de
qualquer outro programa dependerá de solicitação prévia, que poderá não ter
como ser atendida
3) Para cada comunicação serão reservados 20min
para a apresentação
4) Para cada comunicação serão reservados 10min
para debate
Contato: sernegra@ifb.edu.br
Contato: sernegra@ifb.edu.br
Seções Temáticas do Simpósio
ST 01 - Feminismo negro na encruzilhada afrobrasileira:
intersecionalidade, diálogos e horizontes
Coordenação: Jaqueline Gomes de Jesus
Feminismo Negro designa um movimento político e
intelectual no qual são repensadas as experiências e condições de vida de
pessoas negras, a partir de uma perspectiva feminista. O feminismo negro
identificou quando de seu surgimento, nos anos 70 do século XX, que ao não
levar em conta a interseção entre raça e gênero, o feminismo tradicional não
considerava as particularidades das mulheres negras, ou sequer as reconhecia
como mulheres. O feminismo negro reavaliou as políticas feministas de um ponto
de vista afrocentrado, defendendo dois pontos fundamentais para a crítica ao
feminismo tradicional, mas também para o desenvolvimento de outros feminismos,
ditos intersecionais: (1) a natureza simultaneamente operacional e interligada
das opressões; e (2) a experiência de vida e o conhecimento acumulado pelas
mulheres negras como elemento central para os debates e ações feministas. O
presente Simpósio Temático tem por objetivo trazer à baila um debate sobre como
o feminismo negro tem sido apropriado e re-elaborado como conceito e prática na
realidade afrobrasileira. Serão acolhidos, entre outros, trabalhos que abordem
a natureza operacional e interligada das opressões; a intersecionalidade de gênero, raça, orientação sexual, idade, origem, habilidades físicas e
outras dimensões da diversidade; mulheres negras em movimentos feministas; gênero
como conceito supremacista-desgenerização na Diáspora; quilombismo e feminismo:
diálogos possíveis; experiência de vida e de lutas de mulheres negras; auto-representação de homens negros; e auto-definição, saúde, família,
maternidade, liderança comunitária, política sexual na sociedade dominante e no
contexto das relações interpessoais de mulheres negras.
ST 02 – Gênero e raça nas políticas públicas
Coordenação: Luciana da Luz Silva
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O objetivo deste GT é fomentar o debate e a reflexão
acerca dos desafios, das experiências, metodologias e resultados alcançados
pela aplicação da transversalidade de Gênero e Raça nas Políticas Públicas
brasileiras (nas esferas municipal, estadual e federal). Considerando o marco
histórico de comemoração dos 10 anos de criação da Secretaria de Políticas
para Mulheres (SPM) e da Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), tencionamos incentivar e
promover a produção científica acerca do estado de arte referente ao tema. O
caráter instrumental e concreto das Políticas Públicas enquanto ações
efetivas do Estado frente à sociedade exige que se elucidem questões como: os
mecanismos de funcionamento das instituições, a legislação sobre a temática,
a participação popular, o diálogo com os movimentos sociais, os resultados
concretos, os projetos futuros e as perspectivas de ação.
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ST 03 – Étnica e estética: o diálogo entre as tradições afrodescendentes
e as linguagens artísticas
Coordenação: Tatiana Henrique Silva
Diálogos e imbricações entre as tradições religiosas
e as linguagens artísticas são presentes em inúmeros trabalhos - artes
visuais, literatura, música, dança e teatro. Neste simpósio, portanto, serão
aceitos trabalhos que abordem como os artistas ou coletivos artísticos
realizam apropriações de tradições herdadas das culturas africanas, ampliando
a relação entre o contemporâneo e o mítico, a partir de corporeidades, sonoridades e objetos.
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ST 04 – Diásporas negras no contexto latino-brasileiro: fluxos
identitários, gênero e globalização
Coordenação: Glória Maria Santiago Pereira
Pensar sobre a diáspora negra na contemporaneidade
envolve questões que ultrapassam os limites das fronteiras disciplinares,
suscita discussões que desafiam ideias a priori sobre nação, temporalidade,
identidades étnicas, classe, gênero e raça. Essas culturas negras viajantes
transfiguram-se nas práticas cotidianas inscritas em diferentes espaços
sócio-históricos e subjetivos, influenciando o campo das artes, a política e
as diferentes formas de religiosidade pelo mundo, formando subculturas de
resistência, híbridas e/ou transnacionais. Nesse sentido, a proposta deste
simpósio temático (ST) visa dialogar com pesquisas ou ensaios que tenham como
tema a influência da diáspora negra no contexto latino-brasileiro em suas
diferentes formas de expressão sócio-cultural, como a influência do feminismo
afro-americano nos movimentos feministas na América Latina e o possível
prolongamento do discurso pós-colonial ou do movimento pan-africanista no
contexto latino-brasileiro. Além disso, serão acolhidas propostas de temas
emergentes à diáspora negra no Brasil- por exemplo, o impacto dos novos
processos imigratórios de africanos e caribenhos no país ou até mesmo uma
análise crítica em relação aos tratados de cooperação internacional
Brasil-África.
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ST 05 – Literaturas Africanas e Literatura Negra Brasileira: crítica e
ensino
Coordenação: Rosilene Silva da Costa
A produção literária africana, especialmente a
escrita em língua portuguesa, tem conquistado espaço editorial ao longo dos
últimos anos e já passa a figurar nos currículos universitários e até mesmo
nos escolares. De forma ainda tímida, a Literatura Negra produzida no Brasil
também vem conquistando espaço. É comum nomes como o da moçambicana Paulina
Chiziane e da brasileira Conceição Evaristo estarem nos catálogos de eventos,
nos banco de teses e artigos, bem como serem do conhecimento dos professores
de Literatura. Além disso, o Brasil a cada dia estreita relações com os
países africanos, o que se evidencia até mesmo com a publicação da Coleção
História Geral da África. Os marcos legais deixam isso mais evidente: a Lei
10.639/03 torna obrigatório o ensino de
história e cultura africana e afro-brasileira na educação básica e as
Diretrizes Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais (Parecer CNE
03/04) mostram o caminho para a implementação da lei. Assim, há de se
considerar como a Literatura pode contribuir para enriquecer o conhecimento
que se tem de África, bem como das histórias e vivências dos afrodescendentes
no Brasil. Então este simpósio se caracterizará pela apresentação de textos
de autores africanos e afro-brasileiros tanto numa perspectiva de crítica
literária, quanto numa perspectiva que considere o ensino destas Literaturas.
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ST 06 – Gestão de Políticas Públicas: a transversalidade de gênero, raça
e classe
Coordenação: Renísia Cristina Garcia Filice e
Marjorie Nogueira Chaves
A interseccionalidade é uma categoria com um
conteúdo político bem definido, e abarca a complexidade da situação de
indivíduos e grupos, considerando eixos de subordinação, a saber: raça/etnia,
gênero, orientação sexual e condição de classe (Heilborn, 2011). Esta Seção
Temática tem por objetivo avaliar a implementação de políticas públicas que
buscam transversalizar estas dimensões, em especial de gênero e raça, com
vistas a alterar os padrões de discriminação que atingem a maioria da
população brasileira. A exclusão social e a pobreza a que estão submetidas
mulheres e a população negra, em particular as mulheres negras, resultam da
sobreposição dessas vulnerabilidades. Na atual reformulação do campo da
gestão de políticas públicas e, consequentemente, na remodelação do Estado, o
diálogo com os segmentos sociais precisam ser apreendidos por uma perspectiva
interseccional. Assim sendo, esta ST tem por finalidade discutir os processos
sociais e políticos presentes na elaboração, implementação e avaliação de políticas
públicas, com destaque para as políticas focalizadas na educação básica e
superior que articulem as dimensões de gênero, raça e classe. O debate
resultante dessa seção visa contribuir para novas leituras acerca do alcance
e dos limites das políticas públicas na efetivação da equidade nos programas
governamentais em curso.
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ST 07 – Entrecruzamentos de negritudes, dissidência sexual e de gênero: a
própria casa da diferença
Coordenação: Wanderson Flor do Nascimento e
Tatiana Nascimento dos Santos
No Brasil, a pesquisa acadêmica em estudos da
negritude e também os setores mais expressivos do movimento negro nacional e
LGBTQI - lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer e intersex
ainda não se comprometem de forma efetiva a uma análise da articulação entre
racismo e homofobias. Com esse ST esperamos visibilizar mais o encontro entre
negritudes e homossexualidades, com elementos capazes de criar ferramentas
novas ao enfrentamento do racismo lesbo/homo/trans/travestifóbico, desde uma
perspectiva feminista. Montamos esse espaço para apresentação e discussão de
análises contemporâneas sobre identidades intersectadas em raça e orientação
afetivo-sexual e/ou identidade de gênero para o diálogo entre pesquisadoras e
ativistas de movimentos sociais sobre o encontro de raça e diversidade
sexual, com foco na população negra LGBTQI e seus processos de autopercepção,
vulnerabilização, exclusão ou empoderamento. São bem-vindas pesquisas
apresentadas nos mais diversos registros envolvendo temas que intersectem,
das mais variadas formas, as relações raciais, as diversidades de orientação
sexual e/ou identidade de gênero, ligadas às experiências individuais ou
coletivas, problemáticas de políticas públicas, vitimizações, críticas às
hierarquizações de identidades em suas várias expressões, trajetórias de
pessoas negras LGBT, religiosidades de matrizes africanas sobre o prisma da
diversidade etc. As mais diversas produções textuais também serão acolhidas,
desde que tratem das interseccionalidades indicadas neste ST.
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ST 08 – Mídia, racismo e representações sociais
Coordenação: Kelly Tatiane Martins Quirino e Ruth
Meyre Rodrigues
Os meios de comunicação são canais estratégicos para
a superação do racismo no Brasil. A mídia pode influenciar no que tange a construção
das representações sociais além da disseminação de formas de pensar e agir
junto à opinião pública. Desta forma, o objetivo desta Seção Temática (ST)
será selecionar propostas de trabalhos que retratem as influências da mídia
como condicionante de nossos gostos e preferências no processo educativo no
âmbito escolar ou em sua dimensão não institucionalizada.
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ST 09 – Questões de gênero e de raça na Rede Federal de Educação
Tecnológica: políticas e ações de gestão, ensino, pesquisa e extensão
Coordenação: Pollyana Maria Ribeiro Martins e
Glauco Vaz Feijó
Quando promulgada e posteriormente regulamentada, a
Lei 12.711/2012, que estabeleceu a obrigatoriedade da adoção de cotas pelas
universidades e institutos federais para estudantes que cursaram o ensino
médio em escolas públicas, incluindo percentual para autodeclarados negros,
previu a adoção gradual das cotas para se alcançar o índice de 50% de vagas
destinadas aos cotistas até 2016. Os Institutos Federais de Educação, Ciência
e Tecnologia, contudo, adotaram o índice de 50% já no primeiro ano de
vigência da Lei. A decisão não foi possível, como pode parecer, devido à
juventude dos Institutos Federais, basta lembrar que, embora rebatizados,
alguns IFs já tem mais de um século de vida.
A rápida implementação da Lei de cotas nos IFs revela um dos traços
que marcam a trajetória da Rede: o desafio da inclusão. Desafio
exponencialmente multiplicado pela multiplicidade de sujeitos, identidades e
representações sóciais e políticas que tanto marcam a contemporaneidade. Dois
grandes desafios de construção da igualdade dentro da diversidade que já não
podem deixar de ser enfrentados pelos Institutos Federais são a inclusão em
suas pautas de políticas e ações voltadas para o combate ao racismo e ao
sexismo e a consequente promoção da igualdade racial e de gênero. O objetivo
dessa ST é acolher propostas de comunicação que tragam relatos de
experiências e reflexões sobre políticas e ações ocorridas, ou em curso, no
âmbito da Rede Federal de Educação Tecnológica nos eixos de gestão, ensino,
pesquisa e extensão, que tenham por objetivo a promoção da igualdade racial
de gênero.
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ST 10 – Arte e identidades negras
Coordenação: Nelma Cristina Silva Barbosa
Reunir trabalhos que discorram sobre experiências e
estudos da produção artística negro-mestiça no campo das Artes Cênicas
(Teatro e Dança), das Artes Visuais, Música e produção audiovisual.
Interessa-nos refletir sobre aspectos como a institucionalização, processos
de criação, autoria, filosofia da arte, forma, recepção, formação de público,
entre outros, que relacionem Arte e identidades negras. Visamos propor um
debate atual que abarque múltiplas possibilidades e instrumentos para a
compreensão das expressões artístico-culturais afrobrasileiras.
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ST 11 – Corpos plurais: gênero, raça e experiência social
Coordenação: Bruna Cristina Jaquetto Pereira e Ana
Cláudia Jaquetto Pereira
A proposta do ST é estimular reflexões sobre as
experiências relacionadas aos marcadores corporais de gênero e raça, tanto no
que diz respeito às múltiplas possibilidades de vivências identitárias,
quanto no que tange à articulação de hierarquias sociais. Propõe-se que os/as
participantes contemplem em seus trabalhos: as formas como a inserção
corpórea quanto a gênero e raça impacta a subjetividade, a maneira como ela
está imiscuída nas relações interpessoais, o modo como ela é compartilhada
entre coletividades e também como ela se articula em nível estrutural,
configurando diferenças e desigualdades.
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ST 12 – Análise de Discurso Crítica e reflexões sobre negritude, gênero e
raça
Coordenação: Jacqueline Fiuza da Silva Regis e
Fernando Cezar Oliveira
A proposta desta Seção Temática (ST) é reunir
pesquisadoras e pesquisadores que em seus estudos e reflexões sobre
negritude, gênero e/ou raça se apoiem na abordagem teórico-metodológica da
Análise de Discurso Crítica (ADC), especialmente em sua vertente de origem
inglesa (Fairclough, 1989, 1995, 2001, 2003 e Chouliaraki & Fairclough,
1999), e em seu significativo desenvolvimento no Brasil (Resende &
Ramalho, 2006, 2008, 2011), mas também em qualquer outra de suas vertentes.
Como a ADC, que se situa numa interface entre a Linguística e as Ciências
Sociais, tem um amplo escopo de aplicação e permite abordar distintas
práticas sociais, pois todas elas apresentam, em maior ou menor grau, um
componente discursivo materializado em textos, esperamos reunir uma diversidade
de trabalhos realizados nessa perspectiva para um enriquecedor diálogo no
âmbito do II Sernegra.
Fonte: http://sernegra2013.blogspot.com.br/
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