A partir de 2013, o direito das mulheres passa a ser tema obrigatório
nas salas de aula de escolas públicas e particulares do Distrito
Federal. Temas como preconceito e violência envolvendo mulheres deverão
ser abordados dentro de disciplinas que já fazem parte do currículo
escolar, como português, sociologia e história.
A Secretaria de Educação informou que os professores das escolas públicas serão treinados até o fim deste ano.
A resolução que trata do tema foi publicada no Diário Oficial do
Distrito Federal de 18 de outubro, após aprovação do Conselho de
Educação do DF. Segundo o conselho, a iniciativa é inédita no país.
O presidente do conselho, Nilton Alves Ferreira, informou que o órgão
considerou o fato de o Brasília ter o maior número de denúncias de maus
tratos a mulheres. “A gente acredita que a criança, o adolescente, ao
aprender na escola a respeitar a mulher, quando se tornar um adulto não
irá agredi-la”, disse Ferreira.
A historiadora e doutora em educação Renísia Cristina Felice diz que o
assunto já é discutido em algumas escolas, mas que a resolução é
positiva porque obriga que todas façam o mesmo.
”A educação é o espaço que não só implementa políticas, mas que
reproduz alguns valores da sociedade. Mas você constrói outros valores, e
a educação é espaço para que isso aconteça”, diz a especialista.
Recorde em denúncias
A Central de Atendimento à Mulher no Distrito Federal, com serviços prestados pelo Ligue 180, recebeu 303,14 ligações
a cada grupo de 100 mil mulheres entre janeiro e março de 2012. A taxa
indica que o DF é líder no ranking nacional de chamadas para o número.
Em seguida aparecem os estados do Espírito Santo (275,15 a cada 100 mil
mulheres), Pará (270,54), Mato Grosso do Sul (264,74) e Bahia (264,03).
A Secretaria da Mulher do governo do GDF também tem um programa que
atende somente casos de violência doméstica. O telefone é o 156, opção
6.
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